A quase um ano do terremoto

No dia 12 de maio, a China lembrará a sua maior tragédia recente, o terremoto de 8 graus na Escala Richter, cujo epicentro ocorreu em Wenchuan (汶川), em Sichuan. A cidade foi tão afetada que o governo resolveu construir uma réplica, afastada alguns quilômetros da sede original.

No mapa aí ao lado, Wenchuan nem aparece, mas o local pertence à sub-região de Aba (o pontinho que aparece sobre a palavra Sichuan), uma área autônoma povoada principalmente por etnias tibetanas e qiang, além de han, a maioria na China.

Voltando ao tremor, hoje o governo provincial de Sichuan divulgou o número oficial de mortos. Segundo o chefe do Departamento Provincial de Assuntos Civis, apenas em Sichuan morrem 68.712 pessoas e há 17.921 desaparecidos.

Deste total, 5.335 estudantes morreram ou jamais foram encontrados. E há 546 mutilados. Os números revelam um traço cruel da política governamental: os prédios escolares eram construções de baixa qualidade e a maioria sucumbiu. Claro que o governo não admite, mas acaba por ser obrigado a reconhecer que após o tremor, houve a necessidade de reconstruir 3.340 escolas na região. Ninguém espera novos abalos, mas a torcida é para que haja mais cuidado com o setor educacional.