segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Mas que nada


No último sábado, comemoramos o aniversário da Paula no Yu Gong Yi Shan, casa de espetáculos aqui de Beijing, uma das minhas preferidas pra sair na noite. É ali que quem procura música ao vivo de qualidade deve ir na capital chinesa. Bom, tem o Mao e o 2Kolegas também, mas sobre estes dois bares eu falo outra hora.

As atraçoes vao de gente conhecida por estas bandas - e até de outras, como o caso do AIR -, até gente que está começando por aqui. E o palco é democrático, vai de reggae a música experimental, passa por uma pegada rock n'roll, flerta com funk, se esbalda com blues e cai no samba.

Pois sábado, havia duas bandas, a chinesa Daya Band (大伢乐队) e a Mama Funker, esta última com os vocais e a guitarra do brasileiro Fábio, nascido no Pará, criado em Sao Paulo e expatriado na China - há pouco menos de um ano em Beijing. Foi neste meio tempo que ele deu início ao projeto, que traz a guitarra virtuosa do cubano Hansel, o baixo pesado e melódico de Tim, da ilhas de Dominica, e, pra honrar os donos da casa, os chineses, as baquetas estao sob o comando de Peng Fei.

A mistura multicultural deu um caldo bacana ao suingue brasileiro que nos palcos chineses aposta em funks e souls Tim Maia e Ed Motta, Lenine e até cai num roquezinho fofo do Capital Inicial, com os versos de Primeiros Erros. Pasmem, ou, pelo menos, eu pasmei: a estrangeirada, que na grande maioria nao entende lhufas do que está sendo cantado no palco, embala que é uma beleza e, além de pular e dançar, arrisca umas sílabas dos refroes.

Nem preciso dizer que o aniversário da Paula foi um sucesso, que o show foi um sucesso e que pra quem curtiu e quer mais, a boa notícia é que teremos repeteco. Nos dias 8 e 20 de fevereiro, a Mama Funker tocará no Mao Live (juro, juro que falo desta casa outra hora) e no dia 26 estará de volta ao Yu Gong Yi Shan. Aliás, quer saber mais sobre o YGYS - que é como os íntimos do local grafam o nome -, clica aqui.

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