quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

O primeiro filme de guerra chinês


Assembly chegará ao Brasil como Toque de Recolher
China in Blog/Divulgação

Assembly, cujo título no Brasil deverá ser Toque de Recolher, foi o meu primeiro filme de guerra sobre a China, visto aqui. A obra do diretor Feng Xiaogang é considerada o primeiro grande filme de guerra chinês, num estilo Resgate do Soldado Ryan ou da série produzida por Steven Spielberg e Tom Hanks para a norte-americana HBO chamada Band of Brothers.

De fato, o filme é forte, traz imagens fortes. Conta a história de uma companhia do Exército de Libertação que luta até quase o último homem contra forças nacionalistas durante a guerra civil chinesa (1946-49). Apenas Guzidi (Zhang Hanyu) sobrevive à batalha e passa a dedicar a vida a resgastar a honra e a memória dos soldados mortos.

É nesse ponto, pra mim, que o filme passa a ser um filme de guerra, com todos os horrores que ela traz. Fala de determinação, companheirismo, solidariedade e dor. Pra quem assistir, desejo que mantenha um olhar atento nestas questões e esqueça um pouco dos comentários sobre os efeitos especiais que tornam as cenas mais reais ou não. Sob minha ótica, pouco importa.

Agora, vou dizer o que mais me impressionou ao ver Assembly num cinema em Beijing: o impacto do filme sobre a platéia, e o que pude discutir com meus olhos e ouvidos chineses, a Mariana. Sobre história, sobre o espírito chinês que hoje ainda se vive no país. Foi uma experiência bem rica.

Alguém por aí quer me acompanhar num cineminha chinês? Ah, claro, tínhamos legenda em inglês, apesar de estas passarem bem rápido.

Ainda sobre o mundo da sala de cinema:

- Nas salas a que fui, se pode comer pipoca dentro das salas, igualzinho ao Brasil (ai, eu tenho problemas com este hábito)
- Aqui em Beijing, na maioria dos cinemas - modernos como os nossos da Grande Porto Alegre - o ingresso é caro, a exceção das terças-feiras, quando cai para a metade do preço. Filmes há mais tempo em cartaz podem ter bilhetes mais baratos
- Noha, colega do departamento árabe da Xinhua e que é do Egito estava espantadíssima: "Aqui não tem intervalo pra gente poder ir ao banheiro", me disse, ao final do filme. "No Brasil tambem não", respondi, não achando nada estranha a falta do tal intervalo.

Alguém sabe se em outros países há este hábito de intervalo?

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