sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Primeira parada: Tianjin


Eu e minha amiga Társila cercadas pela torcida
Foto: Alexandre Souto/Especial

A Tati contou hoje no delicioso blog dela que virá para a China em abril (oba, terei visita em casa) e que precisa começar a pensar no planejamento de viagem. Pois bem, eu ainda não posso ajudar muito, mas decidi que vou trazer aqui pro blog um pouquinho das cidades chinesas por onde já andei. Claro, ainda tenho de mostrar as belezas de Beijing, mas tudo a seu tempo.

Pra começar, escolhi Tianjin. Aproveito pra contar um pouquinho sobre uma das cidades-sede das partidas de futebol durante a Olimpíada e pra atender a um pedido do Gerson de Oliveira, de Novo Hamburgo, que escreveu no dia 19 de dezembro num comentário: "Este povo Chinês adora brasileiro, ouvi falar". Gerson, gentem, adoram, sim! Ou muitos adoram, que é pra não generalizar. Vamos lá?

Tianjin é uma cidade portuária e centro econômico em constante expansão. O aeroporto acabou de ser ampliado - em cinco vezes - para receber um público estimado em 300 mil pessoas durante os Jogos Olímpicos no ano que vem. E os encantos - esses eu preciso voltar lá para ver - estão na arquitetura e nas belezas naturais, que mesclam influências chinesas e de outras oito nações que já obtiveram o poder sobre a região, antes da fundação da República Popular da China, a saber, Itália, Alemanha, França, Rússia, Grã-Bretanha, Áustria, Japão e Bélgica.

Eu estive em Tiajin apenas à noite, precisamente em 23 de setembro, quando fui assistir a Brasil e Austrália na partida que valia vaga para a semifinal do Mundial Feminino de Futebol. O Brasil passou num apertado 3 a 2, apesar da superioridade mostrada em campo. Fora de campo, o que se viam eram chineses com a bandeirinha brasileira pintada no rosto, vibrando a cada lance da Marta, cercando a escassa torcida brasileira (na qual eu me incluo) pra tirar fotos! Sério, foi uma sensação muito engraçada esta de ver as pessoas nos abraçando e pedindo pra segurar a bandeira brasileira.




Durante o intervalo, então, o assédio não parou. E quando resolvemos dar voltas pelo estádio, até sermos barrados pela segurança, éramos aplaudidos tanto quanto as meninas da seleção.



Foi uma experiência bacana e deu pra sentir que o Brasil tem boa fama por aqui, sim!

Ah, o estádio, bueno, o Estádio Olímpico de Tianjin é bonitão, com uma mega-estrutura. Eu nunca havia ido a um local sede de Olimpíada, achei tudo limpo e organizado. Bebida alcóolica, nem pensar. E ficar de pé provoca reclamação de quem está atrás e diz que pagou o mesmo ingresso (essa reclamação eu ouvi de gente que não tinha olhos puxados, os chineses tavam eram se divertindo com nossa bagunça). Botar a bandeira pendurada na lateral das arquibancadas também não podia, vinha uma fiscal da Fifa gentilmente pedir pra gente tirar. Vamos ver como será essa organização toda até a Olimpíada...

Tianjin fica a 120 quilômetros de Beijing e, imagino, o trem seja a melhor opção para chegar lá, indo da capital chinesa. No dia do jogo, fomos de van, e um acidente na estrada fez uma viagem estimada em duas horas durar mais de quatro (o que nos custou 10 minutos perdidos no primeiro tempo da partida). O clima, de um calor seco e forte aqui no verão, é amenizado por lá devido ao mar.

Ainda sobre a China e o Brasil, Marta fez o cartaz dela por aqui durante o Mundial. Se já éramos conhecidos pelo futebol masculino, o show de bola da mulherada fez os chineses ampliarem a admiração deles pelos nossos jogadores. E eu comecei a frustrar expectativa de muitos por aqui: se sou brasileira, como não sei jogar?

Agora, se antes quem arrasava por aqui era o Ronaldo, agora não tem pra ninguém. O queridinho é o Kaká. Aliás, ele e Marta foram notícia por aqui ao serem escolhidos os melhores de 2007, segundo a Fifa.

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