quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Shanghai: Visita à casa alheia


Shanghai é o centro financeiro da China, a metrópole dos arranha-céus, a cidade de raiz ocidental por seu passado como entreposto. Tem requinte, sofisticação, as moças adoram os estrangeiros, estão com um pézinho no Ocidente.

Talvez Shanghai seja tudo isso mesmo, ou não. Pisar em terreno alheio é sempre perigoso, e um dos medos que mais tenho aqui no blog é reforcar pré-conceitos em relação à China, este país tão grande, tão diferente e tão diverso. Então, pra começar, esclareçamos: o que escrevo são minhas impressões. Apenas elas. Não há verdades absolutas sobre o comportamento dos chineses, o jeito que a China é, etc. Nem daria pra arriscar, né? Compare você mesmo o brasileiro do Sul e do Norte, as paisagens brazucas do Centro-Oeste e da Amazônia e verás que tarefa ingrata que é generalizar...

Sem generalizar, então, o que tenho eu a dizer sobre Shanghai, a terra da querida Iara, que já se sente uma legítima shanghairen (xangainense, em português?)?

Estive lá por apenas dois dias, num final de semana de outubro, para ir ao casamento dos amados Lulu e Jaime. A mim impressionou a incrível mistura de novo e velho pelas ruas do centro. Prédios modernos ao lado de moradias antigas - prédios e prédios de pequenos apartamentos. Prédios baixinhos, máximo de cinco andares, que me fizeram pensar: são os hutongs beijinenses (um hutong tem um aspecto semelhante aquela rua de que falo no post abaixo, a Nanluoguxiang).


Adorei o moderno e antigo assim juntos

A arquitetura ocidental próximo a The Bund, de onde se contempla o rio, também chama a atenção. E os preços altos, caros mesmo, dos restaurantes e bistrôs ao longo da "orla"! Nossa, dá a impressão de que a vida de lazer, o culto a gastronomia e ao ócio saem mais baratos na capital chinesa.


A torre da CCTV, com o formato arrendondado, é cartão postal obrigatório

A cozinha de Shanghai, das que experimentei até agora, me pareceu a mais saborosa. Preciso voltar lá para comer mais. Suave, tem texturas delicadas e um mix perfeito de verduras e carnes - e até frutos do mar. Nhan!


Achei simpático o vendedor de côco, fruta, aliás, que sai a 10 yuans

Eu que gosto de baladas, adorei conhecer a noite de Shanghai. Para sair e dançar, me pareceu que as casas de lá são mais parecidas com as que eu estava acostumada no Brasil. Desde músicas ao estilo das pessoas. E, sim, tudo bem mais caro do que em Beijing.

Em menos de um mês voltarei a Shanghai, desta vez com meus irmãos, que estarão me visitando aqui em fevereiro. Quero conhecer outros aspectos da cidade - me disseram que roupas são mais baratas lá e, pelo que vi, são também mais bonitas, pra meu gosto.

Iara, quem sabe tu não nos dá umas dicas desta cidade linda? Preciso voltar a uma pequena ruazinha cheia de cafés e lojinhas de arte, ainda tenho de descobrir o nome, pois estive lá só à noite e os estabelecimentos estavam fechados.

Nesta próxima visita, quero sentir mais o clima e tudo, pois, como disse, fui a um casamento da última vez, o que me deixou mais voltada ao evento em si do que ao turismo... Voltarei e contarei, certo?


Achei uma graça a vendedora de porquinhos - e pelas ruas, uma galera estava com eles


Problema de falta de varal para pendurar roupas não há!

Tem horas em que quase se esquece que se está na China

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