A imprensa escrita chinesa interpreta os fatos do cenário internacional por meio do jornal Global Times, 环球 (Huanqiu, ou Global), e, a partir desta segunda-feira, 20 de abril, traduz para quem lê em inglês. Está no ar o site www.globaltimens.cn, a versão para quem não sabe mandarim do jornal especializado em cobertura mundial.
O Global Times sem caracteres estreou hoje também nas bancas, fruto de uma iniciativa da mídia chinesa para se aproximar do mundo ocidental, digamos assim, ainda que dentro de casa. A circulação, de segunda a sexta, será nacional.
O Global Times, ligado ao poderoso - e sob controle estatal - Diário do Povo, começou a circular em 1993, trazendo uma cobertura mundial sob a perspectiva chinesa, com os pontos de vista e as opiniões dos chineses, segundo o próprio jornal.
Para o editor-chefe, Hu Xijin, o lançamento marca o início de novos tempos.
- Nós ganhamos confiança para obter sucesso, para fazer amizade com os estrangeiros e facilitar a comunicação entre a China e o mundo - disse Hu, em entrevista à agência de notícias estatal chinesa, a Xinhua, ao falar sobre o lançamento do novo produto.
Hu afirma que não se trata de uma tradução da versão chinesa, mas de um jornal feito por um time independente de repórteres, editores e especialistas. Aliás, segundo o site, são mais de 500 correspondentes ou colaboradores pelo mundo.
O lançamento do Global Times lembra a abertura de uma redação do jornal em inglês mais famoso da China, o China Daily, nos Estados Unidos, ocorrida no final de fevereiro. É que neste ano, o governo chinês prometeu propagandear os feitos chineses através da mídia chinesa em outras línguas, ao criar desde jornais a estações de TV.
Será que agora vai?
Há uma semana
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